Sunday, March 12, 2006

Nota sobre a situação prisional

2006-03-09
Ministério da Justiça

"Relativamente a notícias hoje veiculadas pela comunicação social, a Direcção-Geral dos Serviços Prisionais informa o seguinte:
1. Os dados hoje divulgados assentam no Relatório do Provedor de Justiça publicado em Novembro de 2003 e elaborado na sequência de visitas aos estabelecimentos prisionais, ocorridas em 2001.
Não só se trata de dados desactualizados como também se verificam várias incorrecções na sua leitura, desde logo no que à percentagem de reclusos infectados com VIH se refere. Na página 31 do Relatório refere-se que 14% da população está infectada com VIH e não 66%, como hoje foi divulgado na comunicação social.
Esclarece-se ainda que estar infectado com o VIH não significa ter Sida.
2. O Estabelecimento Prisional de Monsanto, a que se refere uma das notícias, foi desactivado há 2 anos.
3. Outras incorrecções se podem registar, nomeadamente, as que se referem ao Estabelecimento Prisional de Lisboa, em que é dito que só cerca de 12 ou 13 reclusos têm acesso à ala livre de drogas, quando, na realidade, o Relatório do Provedor de Justiça referia 105 reclusos internados nessas unidades, sendo, actualmente, 108 o número de reclusos internados.
4. Globalmente a população prisional acumula factores de risco, apresentando à entrada no sistema um perfil de saúde degradado com elevada incidência de patologias infecciosas, cuja evolução acompanha as registadas em meio livre. Assim e com base em dados clínicos sistematicamente recolhidos no interior do sistema, verifica-se uma descida da incidência do VIH e da Hepatite B e uma nítida progressão da Hepatite C.
Ao contrário do que é frequentemente referido relativamente ao contágio intraprisional, os dados dos estudos até agora realizados e a prática clínica desenvolvida nos estabelecimentos prisionais, apontam para uma percentagem muito reduzida do mesmo.
5. A Direcção-Geral de Serviços Prisionais dispõe de dados, regularmente actualizados, que disponibiliza sempre que solicitado, lamentando assim que sejam divulgadas informações incorrectas e susceptíveis de perturbar, designadamente, os familiares dos reclusos e a opinião pública em geral. "
Será que alguém me pode explicar porque é que raio se o estudo já estava desactualizado foi publicado .... não faz nenhum sentido.
Joao Barbara

1 comment:

Anonymous said...

Hi,

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